segunda-feira, 17 de abril de 2023

A dor e a delícia

Ufa. Agora sim. Posso finalmente falar e emitir opiniões sobre assuntos que domino, outros dos quais já ouvi falar e ainda sobre outros cujos os quais não tenho a menor idéia. Escrever para um montão de gente ou prá uns tantos que por acaso venham a lêr o que eu, por ventura, venha escrever. Mas escrever sobre o que?Ter um teclado à sua frente com 27 letras e outros tantos recursos sem dúvida é desafiante, pelo menos prá mim. Eu
confesso que acabei cedendo à pressão (de quem mesmo?) e decidí ter um blog, embora ainda não saiba exatamente o que isso significa. Escrever é muitas vezes como trocar de roupa em público, expor suas próprias imperfeições, suas vergonhas, permitir que a ideia que as pessoas já tinham formado sobre você comece a desmoronar diante dos seu olhos. Não sei o que pensam de mim, mas acho que já é hora desse pensamento mudar. 
Dores e delícias esperam por mim.

"Não me toques!"

O vento, ou apenas uma pequena brisa. As mudanças de fases da lua, ou a mudança de endereço. Um tapa, um bom dia, ou um olhar" atravessado".Tudo nos afeta. Sim,  somos "afetados". "Ah, mas eu queria vêr se fosse com você!", "você fala isso porque não viu o jeito que ele/ela me olhou!".Tá bom, vivemos numa "selva" e ninguém tem tempo prá pensar nos sentimentos de ninguém. Eu sei, tem muita gente que já levanta da cama disposto à dar cotoveladas no primeiro que cruzar seu caminho até o banheiro, mas espera lá! Será que há realmente um "complô interplanetário" contra você?
Quem é capaz de admitir que sim, é alguém cheio de "não me toques". Que sim, é "sensível demais para aturar as truculências deste mundo". Eu gosto de pensar que sou sensível, e não cheio de frescuras. Há muita gente que discorda, é claro. Mas sei que nem tudo é prá me magoar, prá me ferir. Pode até ser que seja um carinho.Talvez seja só um jeito do outro.Só estou pensando se eu não estaria em outro ponto, outro estágio da vida se não tivesse parado tanto pra chorar os "arranhões que aquela tempestade de areia me causou". Ah, por favor, me toque, me dê ao menos motivos concretos para te odiar, ou amar, nunca se sabe. Então, me toque me provoque, me contrarie, me faça ter argumentos. Mesmo que eu diga o contrário.

sábado, 15 de abril de 2023

O Mundo para principiantes

                         Outro dia vi na tv um apresentador entregar uma boneca  a uma menina de cinco anos e dizer-lhe: "Faz de conta que essa boneca é sua filha. Como você explicaria o mundo a ela?", e a menina respondeu com segurança: "O mundo é assim: tem um montão de árvores, bem verdinhas e na Primavera aparece um monte de flores, e às vezes chove. Às vezes sempre chove."
                          Há muito tempo não ouço uma definição tão perfeita. Meus olhos encheram-se de água. Sim porque se me perguntam tal coisa sou capaz de traumatizar a criança/boneca pro resto da vida: "Olha filha, o mundo só tem doido. Já era pra ter acabado há muito tempo! No ano 2000 estava tudo certo. Eu até me preparei e tudo. Mas na hora H, nada.Os caras devem ter mexido em alguma coisa que não deviam, e já viu, né? Em 2012 disseram que era batata. As profecias Maias, o calendário Asteca, sei lá. Eu quase acreditei, mas já é 2023 e o sol continua nascendo e se pondo todos os dias. O mundão tá aí, um pouco pior e não acaba. Quer saber, eu que não boto a minha mão no fogo. Vou seguir como se nada estivesse acontecendo. Eu hein! Tenho tanta conta pra pagar, tanto abacaxi pra descascar que não posso me dar ao luxo de ficar pensando em fim do mundo. Sabe aquela música "...anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar...", pois é, eu que não vou sair por aí dando vexame, me comprometendo(onde já se viu, dançar um samba em traje de maiô), pra depois de tudo vir alguém e dizer: foi alarme falso! Olha filha, o mundo é assim, tem um montão de gente querendo te ferrar, e quando chega a Primavera aparece mais um montão de gente querendo comer teu fígado, porque eles nem ligam para as estações do ano. E às vezes chove. Às vezes sempre chove quando a gente tá de folga. Mas não chora, por favor, não chora!

Senhor, proteja-me de mim!

Definitivamente eu não sei o que Deus pensa de mim. Não faço a menor idéia. E pensando nisso, já me surpreendi tentando fazer com que "O Senhor de todas as coisas" seja meu cúmplice, meu parceiro em algumas situações tipo:"Bom Deus, o senhor tá vendo, eu tô tentando amar o próximo,mas esse cara aí merece uma boa surra prá deixar de ser folgado, o senhor tá vendo!", ou ainda: "Deus, o senhor é testemunha que eu já tentei de "um tudo" pra ter sucesso na vida, a verdade é que sou "cagado" mesmo, com todo respeito!"
Bem, prá falar a verdade eu não sei nem o que o meu vizinho pensa sobre mim. Mas, de uma coisa eu sei, Deus deve ter uma leve simpatia por mim, se não, eu já teria ido pro "saco" há tempos. Meu talento prá me meter em "embrulhadas" é público e notório, minha paciência é de delegado de polícia, e as chances do mundo ser salvo por mim são um tanto remotas. Então a única explicação prá eu ainda estar por aqui é essa:"Deus me ama"! Bem, talvez soe um pouco exagerado, mas, com toda certeza, ele "vai com minha cara".
Eu que conheço Deus de uma maneira tão genérica tipo: "Criou o céu e a terra, criou o homem, abriu o mar vermelho, etc...", confesso que me dá uma vontade de conhecer melhor esse Deus tão incrível que tem demonstrado tanto amor, tanta paciência comigo e que, principalmente, tem me livrado do meu pior inimigo: eu.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

domingo, 8 de julho de 2012

"A Batman's Tale: In The Psychosis Of The Ventriloquist"
A Fã Film By Elvis DelBagno